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Bispos rejeitam proposta de Obama, mas adoptam tom mais moderado

08 fev, 2013

Lei continuará a exigir que empresários católicos privados forneçam e paguem esses seguros aos seus funcionários, em violação das suas consciências, algo que os bispos consideram injusto.

Os bispos americanos não estão satisfeitos com a mais recente proposta de Barack Obama na questão da cobertura de contraceptivos na reforma do sistema de saúde.

Inicialmente a administração queria exigir que instituições católicas, como escolas e hospitais, fornecessem aos seus funcionários seguros de saúde que incluíssem a cobertura de serviços contraceptivos e abortivos, incluindo esterilizações.

Perante a reacção unânime e firme dos bispos, Obama cedeu parcialmente, alargando as isenções para poder abranger esse género de instituições, com uma nova norma publicada na sexta-feira passada.

Esta sexta-feira o presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos publicou um comunicado em que reconhece o esforço da administração e a vontade de dialogar, mas considera que a nova medida continua a ser insuficiente.

Por exemplo, a lei continuará a exigir que empresários católicos privados forneçam e paguem esses seguros aos seus funcionários, em violação das suas consciências, algo que os bispos consideram injusto.

Contudo, a nota do Cardeal Dolan, Arcebispo de Nova Iorque, é notável sobretudo na alteração do tom, que agora se assume muito mais conciliador do que antes, provavelmente em reconhecimento do facto de a Casa Branca ter revelado vontade de dialogar.

Enquanto decorre o processo negocial entre Obama e os bispos, continuam nos tribunais vários casos apresentados por instituições religiosas e também por empresários privados, pelo que é natural que o assunto acabe mesmo por ser resolvido no Supremo Tribunal americano.