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Húngaro "condenado" a visitar memorial do holocausto

04 fev, 2013

Gyorgy Nagy foi detido em 2011 por mostrar uma faixa a negar que o holocausto tinha acontecido. Agora, por ordem do tribunal, tem de visitar um memorial desse evento.

Um cidadão húngaro de 42 anos foi condenado por um tribunal daquele país a visitar um memorial do Holocausto.

Gyorgy Nagy foi detido em 2011 por mostrar uma faixa, durante uma concentração política, que dizia “o Shoah não aconteceu”. Shoah é o termo utilizado sobretudo pelos judeus para o Holocausto.

A negação do holocausto é um crime na Hungria mas Nagy é a primeira pessoa a ser condenada ao abrigo dessa lei, introduzida há dois anos por uma deputada do Partido Socialista.

Contudo, a sentença do tribunal é muito pouco comum. Nagy tem de escolher um de três memoriais do Holocausto para visitar. Pode ir até Israel ao Yad Vashem, visitar mesmo o campo de concentração de Auschwitz, ou então ir ao memorial do Holocausto de Budapeste.

Caso opte pelo destino mais próximo, contudo, tem de o visitar três vezes e escrever os seus pensamentos e reflexões sobre a visita num caderno para apresentar ao tribunal a seguir.

O técnico de computadores, actualmente desempregado, foi também condenado a uma pena suspensa de 18 meses, informa o “Jerusalem Post”.