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Judeus não têm de ter medo na Europa, garante presidente do Parlamento Europeu

23 jan, 2013

Na primeira cerimónia oficial de evocação do holocausto no Parlamento Europeu, um representante judaico alertou para o aumento do anti-semitismo no Espaço Europeu.

Judeus não têm de ter medo na Europa, garante presidente do Parlamento Europeu
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, reconheceu que muitos judeus vivem com receio do aumento do anti-semitismo na Europa, mas procurou apaziguá-los.

“Sim, os judeus vivem com medo na Europa, mas não estamos em 1929, estamos em 2012”, afirmou Schulz, durante a primeira cerimónia oficial de evocação do holocausto no Parlamento Europeu.

As declarações são uma resposta ao alerta de Moshe Kantor, presidente do Congresso Judaico Europeu, que, antes de Schulz, dissera: “Isto não é 1943, mas bem podia ser 1929, com extremistas a marchar nas ruas e para dentro do parlamento”.

“Volto a avisar a Europa: acordem e limitem a vossa tolerância pelo racismo e pelo anti-semitismo”, disse Kantor, citando estudos que revelam que 63% dos inquiridos na Hungria têm opiniões anti-semíticas, bem como a duplicação dos sentimentos anti-semíticos em França.

Na sua intervenção no parlamento de Estrasburgo, Martin Schulz garantiu que não havia razões para temer o futuro na Europa, explicando que a União Europeia foi edificada sob o pano de fundo das “lições de Auschwitz” como forma de controlo mútuo que possa evitar que um Estado avance por caminhos perigosos.