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“Governo não tem incentivado a natalidade”

21 jan, 2013 • Liliana Carona

Bispo de Viseu fala ainda na necessidade de se pôr em causa a lei do aborto. Bispos da região Centro estiveram reunidos e falaram da importância de formação dos leigos.  

“Governo não tem incentivado a natalidade”
No Caminho das Dioceses

O Bispo de Viseu acusa o Governo de não ter incentivado a natalidade e mostra reocupação face às sugestões do FMI no sentido de algumas prestações sociais, nomeadamente o subsídio parental, passarem a ser consideradas para efeitos de IRS.

D. Ilídio Leandro foi porta-voz dos Bispos da Região Centro, no final de uma reunião de trabalho centrada na temática a formação dos leigos, mas que olhou também para a situação sócio-económica do país e para as questões da Família.

D. Ilídio não tem dúvidas de que têm faltado políticas de incentivo à natalidade: “Ainda agora, com esta situação actual, está em jogo diminuir no apoio à maternidade. O Governo não tem facilitado nada, não tem incentivado nada”.

O Bispo de Viseu reafirmou uma ideia também já reclamada, recentemente, pelo Bispo da Guarda, D. Manuel Felício: a lei do aborto em vigor deve ser posta em causa: “Naturalmente, sou pela vida. Por isso, qualquer lei que ponha em questão a vida é uma lei que pela sua falta de valor moral deve ser alterada. É necessário a montante eliminar situações em que apareça o recurso ao aborto como um mal menor”.

Em relação ao momento do país, o Bispo de Viseu manifestou esperança em que a troika e o Governo se apercebam que as medidas sugeridas no mais recente relatório da instituição são um atentado à dignidade e as alterem.

Inovação e criatividade
Sobre a temática da formação dos leigos,  saiu da reunião de Viseu a certeza de que apostar na inovação e criatividade e nos movimentos da Igreja é o caminho.

A escolha desta temática para questão prinicpal dos trabalhos enquadra-se nas próproas cleebrações dos   50 anos do Concílio Vaticano II. “Há um défice muito grande nas comunidades. Muitas vezes, uma formação mais exigente está restrita a muito poucos. Temos que criar condições para que haja um alargamento”.

Para D. Ilídio Leandro é preciso apoiar sobretudo os movimentos religiosos: “A criatividade e a inovação são essenciais na pastoral e na formação dos leigos também. Os movimentos são forças muito importantes, porque são caminho de formação através do seu carisma próprio”.

Apostar na catequese de adultos e na pastoral familiar foram outros dos caminhos apontados, na reunião dos Bispos do Centro.