Papa classifica massacre nos EUA de “tragédia insensata”

O Papa enviou uma mensagem aos sobreviventes e familiares do que chamou a "tragédia insensata", que causou a morte de 20 crianças e seis adultos numa escola primária do estado norte-americano do Connecticut.

O texto é assinado pelo secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Tarcisio Bertone, e dá conta de que Bento XVI “foi prontamente informado do tiroteio da escola primária de Sandy Hook, em Newtown”.

“O Santo Padre pediu-me para transmitir o seu sentido pesar e a certeza da sua proximidade na oração às vítimas e suas famílias e a todos afectados pelo chocante acontecimento", refere o texto, publicado no site da Diocese de Bridgeport.

"No rescaldo desta tragédia insensata", o Papa pede a Deus para "consolar todos aqueles que choram e para sustentar toda a comunidade com a força espiritual que triunfa sobre a violência pelo poder do perdão, esperança e amor reconciliador", refere ainda a mensagem.

São escabrosos os detalhes que vão sendo conhecidos do massacre em Newtown. A imprensa fala num atirador de 20 anos, que terá matado o pai, dirigindo-se depois à escola, protegido com um colete à prova de bala, onde assassinou a mãe, que estaria a dar aulas, mais duas dezenas de crianças entre os cinco e 10 anos.

Perderam também a vida responsáveis pelo estabelecimento de ensino, como o director e o psicólogo.

O autor dos disparos ter-se-á suicidado a seguir.

Na reacção, o presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, cardeal Timothy Dolan, sublinhou que a "tragédia de pessoas inocentes a morrer por causa da violência despedaça a paz de todos".

"Uma vez mais manifestamo-nos contra a cultura de violência que está a infectar o nosso país enquanto nos preparamos para dar as boas vindas ao Príncipe da Paz no Natal", vinca o arcebispo de Nova Iorque.

Também o Presidente norte-americano, Barack Obama, reagiu com choque e emoção à notícia e decretou quatro dias de luto nacional.

Na sequência do massacre e das palavras de Obama, centenas de pessoas juntaram-se frente à Casa Branca a pedir leis mais restritas para a posse de armas.

Por todo o mundo, multiplicam-se as mensagens de solidariedade.