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Museu de Amarante reúne obras de arte sacra sobre Cristo

11 dez, 2012

Quando esta exposição terminar, o museu espera ter meios para restaurar a imagem de Nossa Senhora da Piedade, com centenas de anos.

Dezenas de obras de arte, a maioria dos séculos XVII e XVIII, reproduzindo a vida de Jesus Cristo e pertencentes a várias igrejas de Amarante, podem ser observadas no Museu de Arte Sacra daquela cidade.

A exposição chama-se “As fontes da Fé” e nela os visitantes encontram, em diferentes salas do museu, telas, quadros, tecidos, livros, escultura e ourivesaria.

“Esta exposição pretende apresentar de forma catequética e cultural este património que é a fé da Igreja”, explica o pároco de S. Gonçalo, José Manuel Ferreira.

As peças estão organizadas para evidenciar os momentos mais marcantes da vida de Jesus Cristo, começando com um quadro que reproduz a Anunciação de Nossa Senhora, e livros muito antigos, alguns com manuscritos.

Na primeira sala encontram-se também quadros, telas e esculturas que evidenciam momentos desde o Mistério da Encarnação à Paixão e à Ressurreição.

Ali, também se encontram imagens de grandes dimensões dos 12 apóstolos que receberam de Jesus os ensinamentos e fizeram a propagação da fé para o mundo. Ao lado, os visitantes podem observar esculturas barrocas, cobertas com talha dourada, dos quatro evangelistas.

Noutra sala, explica o pároco, “há a fé vivida, com os santos da nossa época”. Ao lado, objectos como os paramentos, livros antigos e ourivesaria, incluindo cálices em ouro e prata, que remetem para a liturgia e para a fé celebrada.

A exposição termina, já na Igreja de S. Domingos, contígua ao museu, onde os visitantes encontram uma imagem de Nossa Senhora da Piedade.

Ali, explica o pároco, “Maria, debruçada sobre o seu filho morto, antecipa a glória da ressurreição”.

José Manuel Ferreira explica que um dos objectivos de cada exposição do museu é reunir meios financeiros para recuperar uma das peças. Quando esta exposição terminar, o museu espera ter meios para restaurar a imagem de Nossa Senhora da Piedade, com centenas de anos.

Desde que reabriu em Julho, já visitaram o equipamento cerca de 3.000 pessoas, a maioria turistas.

O acesso ao museu faz-se pela Igreja de S. Domingos, sobranceira ao mosteiro de S. Gonçalo, com os seus altares, de estilo barroco e rococó, abundantemente cobertos por talha dourada, também recuperados ao longo de vários meses.

O seu órgão de tubos, também recuperado, é um dos elementos mais apreciados pelos turistas.