08 dez, 2012
O Papa aproveitou a solenidade de Nossa Senhora da Conceição para sublinhar que a economia e a política não determinam a vida das pessoas e dos países. Em Roma, Bento XVI deixou o alerta numa época de crise.
"Vir aqui junto deste monumento a Maria no centro de Roma recorda-nos antes de mais que a voz de Deus não se reconhece no barulho nem na agitação", disse.
O Papa acrescenta que "se o desígnio sob a nossa vida pessoal e social não se percebe ficando a superfície, mas descendo a um nível mais profundo, onde as formas que actuam não são as económicas e políticas, mas as morais e espirituais". "É ai que Maria nos convida a descer e a sintonizar com a acção de Deus."
Bento XVI lembra que "Maria diz-nos que o primado de Deus na nossa vida e na história do mundo recorda-nos que o poder do amor de Deus é mais forte que o mal".
"Os falsos remédios que o mundo propõe para preencher estes vazios - caso emblemático é a droga - na realidade aumentam o abismo. Só o amor pode salvar desta queda, mas não um amor qualquer: um amor que tenha em si a pureza da graça - de Deus que transforma e renova - e que assim pode inserir nos pulmões intoxicados um novo oxigénio, ar puro e uma nova energia de vida", referiu o Papa.