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Liberais vencem em quase toda a linha

07 nov, 2012 • Filipe d'Avillez

Dois estados norte-americanos legalizaram o “casamento” entre homossexuais. Tentativa de restringir o aborto foi derrotada na Florida. Tudo no dia em que Barack Obama foi reeleito.

Com a vitória nas presidenciais assegurada para Barack Obama, o Presidente tem outras razões para sorrir, uma vez que, ao nível dos estados, as suas posições prevaleceram na maioria dos referendos sobre temas controversos.

O tema do casamento dominou as atenções. Foram quatro os estados que colocaram a questão da legalização do “casamento” entre homossexuais aos seus cidadãos. Em Maryland e no Maine já é certo que os defensores da alteração do conceito natural de casamento levaram a melhor. Já no Minnesota e na cidade de Washington, o “casamento” homossexual leva vantagem, mas é ainda demasiado curta para ser declarada definitiva. No caso de Washington, a margem é tão curta que os votos por correspondência podem virar o resultado, pelo que a decisão definitiva só vai ser anunciada dentro de alguns dias.

Este é um marco histórico para os defensores do “casamento” entre homossexuais, pois representa a primeira vez que a medida é aprovada por voto popular. Até agora, nos 32 estados em que a questão tinha sido colocada, o casamento tradicional tinha vencido sempre.

Em dois estados foram colocadas questões relativas ao aborto e só aqui, e apenas num caso, é que os defensores do direito à vida puderam festejar. Foi no Montana, onde uma significativa maioria dos eleitores decidiu restringir a lei, obrigando raparigas menores a obter o consentimento dos pais antes de se submeter a um aborto.

Na Florida, a proposta de inserir na constituição do estado uma cláusula que garantia que a lei do aborto local nunca poderia ser mais liberal do que a lei federal foi rejeitada.

Na Califórnia, nova derrota para os defensores da vida com a rejeição de uma proposta de banir a pena de morte naquele estado, convertendo todas as penas actuais em prisão perpétua.

Por fim, no Massachussets, o referendo sobre eutanásia está demasiado próximo para ser considerado definitivo, mas a vantagem está, actualmente, do lado dos opositores à eutanásia com 51% dos votos já contabilizados.