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Papa assinala 500 anos da inauguração do tecto da Sistina

30 out, 2012 • Ecclesia

A Capela Sistina deve o seu nome a Sisto IV, Papa entre 1471 e 1484, que promoveu as obras de restauro da antiga Capela Magna, a partir de 1477.  

O Papa preside, amanhã, à celebração da oração de vésperas na Capela Sistina, para comemorar os 500 anos da inauguração do tecto pintado por Miguel Ângelo entre 1508 e 1512. A decoração do espaço de 1.100 metros quadrados foi confiada ao pintor, escultor e arquitecto italiano, por Júlio II, Papa entre 1503 e 1513, que, há 500 anos, assinalou o final da obra com o rito solene das vésperas de todos os Santos.

A Capela Sistina deve o seu nome a Sisto IV, Papa entre 1471 e 1484, que promoveu as obras de restauro da antiga Capela Magna, a partir de 1477.

Júlio II, sobrinho do Papa Sisto, decidiu modificar parcialmente a decoração do espaço, confiando a tarefa a Miguel Ângelo, que pintou a abóbada e a parte alta das paredes com cerca de 300 figuras: nos nove quadros centrais estão representadas histórias do Génesis, desde a criação ao dilúvio.

De dimensões iguais ao templo do rei Salomão, em Jerusalém – 40,5 metros de comprimento, 13,2 de largura e 20,7 de altura -, a capela que alberga os Conclaves dos últimos séculos, onde são eleitos os Papas, ficou, assim, conhecida pelos seus frescos de temática bíblica.

A Sistina, visitada anualmente por milhões de pessoas, começou por ter elementos do século XV, como as histórias de Moisés e de Cristo, além dos retratos dos Papas, trabalho que foi executado por uma equipa de pintores originalmente formada por Pietro Perugino, Sandro Botticelli, Domenico Ghirlandaio e Cosimo Rosselli.

Em finais de 1533, Clemente VII encarregou, novamente, Miguel Ângelo de modificar a decoração da Sistina, pintando na parede do altar o Juízo Final.

João Paulo II fez referência a esta obra na Constituição Apostólica ‘Universi Dominici Gregis’, sobre a eleição do Papa, quando escreveu: "Disponho que a eleição continue a desenrolar-se na Capela Sistina, onde tudo concorre para avivar a consciência da presença de Deus, diante do qual deverá cada um apresentar-se um dia para ser julgado".