Três muçulmanos egípcios julgados por insultar Cristianismo
26 set, 2012
Envolvimento de coptas na produção do filme sobre Maomé tornou mais tensa a relação entre as duas comunidades no Egipto.
Três cidadãos egípcios vão ser presentes a tribunal, acusados de insultar o Cristianismo.
Ahmed Mohammed Abdallah e o seu filho Islam, respectivamente presidente e director de uma rede de televisão e Hani Yassin Gadallah, um jornalista, são acusados de terem profanado uma bíblia, rasgando-a e pegando-lhe fogo, durante as manifestações de revolta pelo filme que insulta Maomé.
A acção de protesto teve lugar diante da embaixada americana no Cairo.
Apesar de esta ser a primeira vez que um caso deste género chega aos tribunais, a comunidade cristã está preocupada com eventuais repercussões negativas do julgamento e de acções de represália.
Os coptas, como são conhecidos os cristãos egípcios, compões cerca de 10% da população daquele país e ao longo dos anos têm-se queixado de graves ataques e discriminação por parte da maioria muçulmana.
A situação tornou-se ainda mais tensa nas últimas semanas quando se soube que alguns dos responsáveis pela produção do polémico filme sobre Maomé são cristãos coptas que vivem nos Estados Unidos.