Mosteiro católico vandalizado em Israel

A porta principal do mosteiro trapista de Latrun, nos arredores de Jerusalém, foi queimada ontem num acto de vandalismo que já foi denunciado pelas autoridades cristãs e políticas de Israel.

Para além do incêndio, que não afectou o resto da estrutura, os vândalos deixaram mensagens ofensivas escritas com tinta cor-de-laranja nas paredes do mosteiro. Ao lado de uma frase que caracteriza Jesus como um macaco encontravam-se também os nomes de dois colonatos que foram recentemente evacuados pelo exército, levando as autoridades a concluir que se trata de um acto de represália por parte de judeus extremistas.

Estes activistas têm um já longo historial de ataques a igrejas, mesquitas ou até mesmo postos militares, numa campanha que pretende mostrar ao Estado o preço a pagar por agir contra os colonos que constroem casas em território palestiniano com o objectivo de o reivindicar para Israel.

Numa nota conjunta os líderes católicos de Israel protestaram contra “as forças do ódio na sociedade israelita”, expressando o seu horror perante esta acção levada a cabo por judeus, sobretudo quando o mosteiro em causa acolhe “centenas de judeus todas as semanas, todos os quais são bem-vindos”.