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Imã detido por falsificar provas contra menina acusada de queimar Alcorão

02 set, 2012

Chefe religioso poderá ser acusado de blasfémia.

Imã detido por falsificar provas contra menina acusada de queimar Alcorão

Um imã - autoridade religiosa muçulmana - foi detido por falsificar provas contra uma criança cristã, que é acusada de blasfémia no Paquistão por, alegadamente, ter queimado folhas do Alcorão. 

A detenção ocorreu depois de duas testemunhas terem declarado que viram o imã Khalid Chishti a colocar folhas do livro sagrado dos muçulmanos junto a outras folhas que a menor tinha queimado.

De acordo com o procurador encarregue do caso, o chefe religioso terá dito a testemunhas que era uma "maneira de se livrar dos cristãos".

Rimsha Masih, uma menina com síndrome de Down que não sabe ler nem escrever, foi detida a 16 de Agosto.

Está marcada para esta segunda-feira uma nova sessão no tribunal, que pode decretar a sua libertação sob caução.

Segundo a um dos responsáveis pela investigação, citado pela agência France Press, com esta reviravolta o próprio imã pode ser acusado não só de falsificar provas, como também de blasfémia, pois acabou por ser responsável pela queima de folhas do Alcorão.