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António Capucho

Extinguir Fundação Paula Rego "é como os talibãs bombardearem os budas"

09 ago, 2012

Antigo autarca de Cascais contra proposta de encerrar a fundação dedicada à pintora. António Capucho garante que não há dinheiros do Estado envolvidos.

Extinguir Fundação Paula Rego "é como os talibãs bombardearem os budas"

"É grotesca" a simples ideia de extinguir a Fundação Paula Rego, diz António Capucho, ex-presidente da Câmara de Cascais, em declarações à Renascença. "Isto é tão disparatado, tão grotesco como os talibãs atirarem morteiros para cima dos budas. É uma hipótese impossível e grotesca", diz.

António Capucho, um dos criadores da Fundação Paula Rego, não concebe que a instituição esteja na lista de fundações a extinguir, como avança o "Jornal de Negócios". Além da Fundação Paula Rego, o Executivo quer encerrar a fundação D. Luís I, presidida pelo ex-autarca.

Capucho afirma que há erros crassos na avaliação, um dos quais "é considerar-se que as duas fundações recebem dinheiro do Estado". Em ambos os casos, garante, são receitas do Casino do Estoril que passam por um instituto público.

"O Turismo de Portugal entrega-nos o dinheiro que passa por lá, mas não vem dos contribuintes. Vem directamente do Casino [Estoril], através das receitas directas do casino", sustenta.

Fora da lista de fundações a extinguir no concelho está a Fundação Cascais, a única das três ligadas ao município que recebe apoios pontuais da autarquia, segundo António Capucho.

São 11 as fundações que constam da lista de extinção de fundações afectas a autarquias, segundo refere o "Jornal de Negócios".