Vaticano tem de fazer mais pela transparência financeira

O relatório do Conselho da Europa, divulgado esta quarta-feira, conclui que o Vaticano tem de fazer mais pela transparência financeira. A Santa Sé regista melhorias num curto espaço de tempo, considera o organismo europeu, mas tem de fazer reformas ainda mais profundas para poder alcançar os critérios internacionais.

O documento elaborado por peritos do Conselho da Europa, onde o Vaticano tem o estatuto de observador há mais de 40 anos, deu nota negativa em sete dos 16 aspectos avaliados, tendo sido feitas recomendações noutros nove.

Em relação à lavagem de dinheiro, considera-se que foi criminalizada de acordo com os padrões internacionais. Mas está ainda por demonstrar que o regime tenha efectiva aplicação prática.

No que diz respeito o financiamento do terrorismo, também passou a ser crime, mas há aspectos das convenções da ONU que não estão ainda aplicados.

A avaliação do Conselho da Europa fala ainda na necessidade de ser garantida mais independência e mais poder aos organismos de supervisão financeira.

Em comunicado, o Vaticano explica que o relatório resulta de análises de vários peritos que, ao longo de meses, analisaram as suas instituições financeiras. A Santa Sé considera que se trata da “primeira pedra de um edifício que quer ver construído, em resultado de uma aliança entre a moral e tecnologia”.