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Não há crise que assuste a Irmã Ana Maria

12 jun, 2012 • Domingos Pinto

Religiosa dominicana espera que condecoração atribuida pelo Presidente da República traga uma maior visibilidade à Associação Nossa Senhora  Consoladora dos Aflitos, que acolhe pessoas com deficiência.

A irmã Ana Maria de Sousa Vieira, que foi recentemente condecorada pelo Presidente da República, diz que a crise veio dificultar a obra social que dirige, mas garante que não vai baixar os braços.

“Corta-se daqui, corta-se dali. Não é fácil arranjar uma cadeira de rodas, é tudo mais complicado. A gestão é muito mais difícil: muito IVA, segurança social altíssima. É difícil aguentar tudo, mas quem está nestas lides não desiste”, afirma a religiosa dominicana em declarações à Renascença.

No Dia de Portugal, a Irmã Ana Maria de Sousa Vieira recebeu das mãos do Presidente da República, Cavaco Silva, a Ordem de Mérito, no grau de Comendador, uma forma de reconhecimento do trabalho levado a cabo pela Associação Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos.

Instalada no Convento dos Cardais em Lisboa, a instituição começou por ser um asilo para invisuais, em 1843, mas há três décadas alargou a sua acção a pessoas com deficiências motoras e mentais profundas. Acolhe actualmente 38 mulheres, a mais idosa já com quase 90 anos. Pessoas felizes, apesar das limitações.

Sobre a condecoração atribuída pelo Presidente, a irmã Ana Maria de Sousa Vieira agradece o “reconhecimento por parte da sociedade” e espera que possa trazer “uma maior visibilidade para a instituição”.