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Igreja recorda que feriado do Corpo de Deus foi apenas suspenso

07 jun, 2012

“Certamente que não é isto que vai resolver a crise", afirma o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa.

Igreja recorda que feriado do Corpo de Deus foi apenas suspenso

O feriado do Corpo de Deus não foi eliminado para sempre do calendário, mas apenas suspenso nos próximos cinco anos, assinala o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

“Certamente que não é isto que vai resolver a crise, mas também não se trata de uma supressão, trata-se de uma suspensão como foi combinado nessas conversações sérias e prolongadas entre o Estado português e a Santa Sé”, afirma padre Manuel Morujão.

Assim, a partir de 2013, o feriado do Corpo de Deus à quinta-feira deixa de existir, pelo menos até 2017, e a celebração religiosa passa a ser celebrada no domingo seguinte. 

O Corpo de Deus era até hoje um feriado nacional religioso, móvel, que se celebrava na segunda quinta-feira a seguir ao Domingo de Pentecostes, 60 dias após a Páscoa.

O porta-voz da CEP desfia os cristãos a assumirem a sua fé publicamente  e “não apenas como uma vivência privada, sua, de consciência”.

“Não se trata de uma imposição, mas de viver com convicção a própria identidade”, sublinha.

Sobre a crise que afecta o país, o padre Manuel Morujão recorda que “é nas ocasiões que se provam os amigos e aqui temos de ser amigos de todos”.

“A solução da crise não vem apenas de cima, mas vem de todos os lados e todos temos de ser conscientemente parte de uma solução, ninguém se pode pôr de fora, por isso, temos que saber aceitar sacrifícios para ultrapassar este Cabo das Tormentas e chegarmos ao Cabo da Boa Esperança e esperemos que quem nos governa facilite a ultrapassagem destes tempos duros de austeridade”, sustenta o padre Manuel Morujão.