Vaticano admite que apareçam mais documentos roubados

Viagem positiva e sem polémicas ao encontro mundial das famílias, mas de certo modo ensombrada pelo escândalo dos documentos roubados que, este domingo, voltou a dar que falar.

Desta vez foi o jornal “La Repubblica” a divulgar novas cartas e acusações contra o secretário de Estado do Vaticano e contra o secretário pessoal do Papa.

O padre Lombardi, porta-voz do Vaticano, não se fez esperar. “Não creio que estes documentos sejam os últimos e não me surpreendo se, nos próximos dias ou nas próximas semanas, haverá outros. Ou seja, é bastante evidente que, quem recebeu esta grande quantidade de documentos, usa-os em função de uma sua estratégia e não com a intenção de publicar tudo de uma vez e nos deixar tranquilos”, disse o padre Lombardi.

De recordar que o mordomo do Papa está detido e é acusado de ter sido ele a divulgar os documentos.

Entretanto, mais de um milhão de pessoas juntou-se em Milão com o Papa, num encontro em defesa da família e dos seus valores, com diversas intervenções de Bento XVI, cujo conteúdo alguns já consideram um tratado pastoral.

Balanço positivo em todas as frentes, nomeadamente na participação de fiéis que ultrapassou mesmo as previsões.

Bento XVI regressa agora a casa, consolado pelo bom êxito e pelo abraço caloroso que recebeu por parte das famílias do mundo inteiro, que têm já marcado um novo encontro para daqui a três anos, em Filadélfia, Estados Unidos.