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Número de americanos a favor do aborto continua a descer

23 mai, 2012 • Filipe d’Avillez

Apenas quatro em cada dez americanos se define como “pró-escolha” em relação ao aborto. 50% definem-se como sendo pró-vida.  

Número de americanos a favor do aborto continua a descer
O número de americanos que se define como “pró-escolha”, isto é, que acredita que a mulher devia ter o direito a escolher se quer manter uma gravidez ou fazer um aborto, continua a descer. Em 1995 pelo menos 56% eram dessa opinião, hoje são apenas 41%. 

Depois de vários anos em que o número daqueles que são “pró-escolha” superava os que se definem como “pró-vida”, essa tendência inverteu-se em 2009, com 42% a favor do direito ao aborto e 51% a favor do direito à vida dos nascituros. Em 2011 as posições trocaram novamente, com 49% pelo “direito à escolha” e 45% pró-vida.

Apenas um ano mais tarde nova reviravolta, mas com um alargamento das margens. Hoje 50% dos americanos define-se como pró-vida e apenas 41% defende o direito ao aborto.

A sondagem realizada pela Gallup revelou que a vantagem dos pró-vida é mais acentuada entre aqueles que se identificam com o Partido Republicano, 72% para 22%. Entre independentes os pró-vida também levam vantagem, embora mais curta, de 47% para 41%. Apenas entre os que votam no Partido Democrata é que os “pró-escolha” se encontram à frente com 58% a favor do aborto e 34% a definir-se como pró-vida.

Quando a Gallup perguntou se o aborto é moralmente aceitável a diferença acentuou-se novamente: 51% considera que o aborto é moralmente inaceitável e 38% não vêem qualquer problema do ponto de vista moral com a prática do aborto.

Contudo, quando a pergunta versa a legalidade do aborto há ainda uma clara maioria a favor. Dos inquiridos, 52% consideram que o aborto devia ser legal em certas circunstâncias, 25% que devia ser legal em todas as circunstâncias e apenas 22% são contra o aborto em todas as situações.