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Igreja pede ao Estado para cumprir com apoios às misericórdias

08 mai, 2012

Padre Morujão diz que não está em causa a boa vontade do Governo, mas pede uma “vontade mais cooperante”.

Igreja pede ao Estado para cumprir com apoios às misericórdias
O Estado tem de cumprir os seus compromissos e apoiar as instituições sociais que estão no terreno a ajudar os portugueses a enfrentar a crise, afirmou hoje em Fátima o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, a propósito das dificuldades por que estão a passar muitas Misericórdias do país.

O padre Manuel Morujão insiste, contudo, que não está em causa a boa-fé do Governo.

“As misericórdias estão a ter grave dificuldade em responder às pessoas que lhes batem à porta, porque não tem chegado as verbas prometidas pelo Estado. Não vemos aí má vontade, mas queremos uma vontade mais cooperante”, pediu o porta-voz da CEP.

O padre Morujão considera que o Estado “tem de olhar para aqueles que estão no terreno, próximo das pessoas, a ajudá-las a ultrapassar a crise. Esperemos que o Governo ponha em prática a boa vontade manifestada.”

Em declarações no final da reunião da Comissão Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa o padre Manuel Morujão sublinhou a resposta solidária dos portugueses que, apesar da crise, contribuíram com quase 300 mil euros para o peditório nacional da Cáritas - mais 25% que no ano passado.

“A campanha que a Cáritas portuguesa realizou este ano ultrapassou a campanha do ano passado em 25%, o que é belo e é um elogio para o povo português, que nas dificuldades, nas crises, sabe responder com uma mais-valia de generosidade”, explicou o padre Morujão.