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Bispo das Forças Armadas compreende ausências nas comemorações do 25 de Abril

24 abr, 2012 • Domingos Pinto

D. Januário entende a posição dos militares, já que detectam uma “traição à democracia”.

Bispo das Forças Armadas compreende ausências nas comemorações do 25 de Abril
D. Januário Torgal Ferreira compreende a ausência da Associação 25 de Abril da sessão solene de comemorações dos 38 anos da Revolução.

O Bispo das Forças Armadas entende a posição dos militares representados pela associação, uma vez que detectam uma “traição à democracia”.

“O 25 de Abril significou uma ruptura com a ditadura e a instauração de uma democracia. O que as pessoas não gostam é de traições à democracia, e esta atitude é um sinal tranquilo e sereno”, diz o Bispo à Renascença.

“Comemorar uma data que tenha determinado sentido e que nesta altura, para certas pessoas, perdeu o seu valor, perdeu o entusiasmo, perdeu o rumo…isto é um sinal”, observa ainda D. Januário Torgal Ferreira.

O Bispo das Forças Armadas dá também alguns exemplos de falta de justiça social em Portugal e diz que “o país desceu a um ponto sem paralelo”.

“A ajuda alimentar está a terminar vinda da Comunidade Europeia. Eu nunca vi as dificuldades económicas chegarem a este nível. Eu nunca vi a alimentação tão cara. nunca vi a gasolina… nunca vi a energia…”

“Disse relativamente ao último Governo que isto nunca teve tão fundo, e agora digo que o não cumprimento da justiça social que nos foi prometida e que não está a ser realizada…a isto se retira a paz social”, finaliza D. Januário.