Os bispos da Guiné-Bissau estão muito preocupados com o mais recente golpe militar no país, que repudiam veementemente, numa carta tornada pública hoje.
"Repudiamos claramente mais esta opção militar, e todas as formas de violência escolhidas para resolver os nossos problemas. Infelizmente na nossa história recente tem-se recorrido várias vezes a golpes semelhantes e os resultados práticos estão à vista de todos. Não se atinge as causas profundas das crises e assiste-se ao aparecimento de novos conflitos", pode ler-se.
Num comunicado lido pelo bispo-auxiliar da diocese de Bissau admitem que estão perante um problema nacional de enorme gravidade e de consequências imprevisíveis, que afecta sobretudo a população.
“Com a violência das armas desorganizam-se as estruturas básicas da sociedade e acaba-se por se sacrificar toda a população, que é quem mais sofre, sem entender bem porquê”, refere.
D. Lampra Cá reconhece que os sinais de mau estar já vinham de trás, mas diz que a igreja guineense repudia mais esta opção militar e todas as formas de violência escolhidas para resolver os problemas, sem que nunca os resolvam.
Os bispos fazem, ainda, um apelo à comunidade internacional: “Que ela continue a ajudar a Guiné-Bissau a encontrar soluções mais apropriadas para a nossa situação actual e para a tranquilidade e paz de toda a população.”
O episcopado guineense apela, ainda, ao respeito pelas instituições democraticamente eleitas e apela ao diálogo para resolver esta situação.
Leia aqui o comunicado completo dos bispos guineenses[Notícia actualizada às 16h09]