Emissão Renascença | Ouvir Online

Mais duas mulheres tibetanas imolam-se em protesto contra a China

05 mar, 2012

Desde Março de 2011, já se imolaram mais de 20 pessoas contra as políticas chinesas para o Tibete.

Mais duas mulheres tibetanas imolam-se em protesto contra a China

Mais duas mulheres tibetanas se imolaram com fogo até à morte, como forma de protesto contra as políticas chinesas para a região do Tibete.

Tsering Kyi, uma estudante de 20 anos, regou-se com petróleo e ateou fogo a ela própria num mercado em Maqu, na província chinesa de Gansu, no sábado, segundo informa um comunicado do Governo tibetano no exílio em Dharamshala, na Índia.

Na sexta-feira, outra mulher tibetana, mãe de quatro filhos, também usou esta forma de protesto contra o Governo chinês. Em frente a uma esquadra de polícia no Mosteiro de Kirti em Aba, na China, Rinchen de 32 anos imolou-se, gritando exigências para a liberdade e para o regresso de Dalai Lama ao Tibete.

Desde Março de 2011, mais de 20 pessoas imolaram-se em protesto contra as políticas chinesas para a região montanhosa do Tibete.

Activistas alertam para a repressão que a China está a impor sobre a liberdade religiosa e a cultura no Tibete. Esta região montanhosa está sob o controlo do governo da China desde 1950.

A China rejeita estas críticas, dizendo que o seu Governo acabou com a servidão existente e que trouxe desenvolvimento para uma região que estava atrasada.

Na semana passada, a imprensa estatal informou que um alto funcionário da China no Tibete exortou as autoridades a reforçar o seu controlo sobre a Internet e telemóveis. Esta medida reflecte os receios do Governo chinês sobre uma possível agitação social durante a sessão parlamentar anual, que começou neste fim-de-semana.