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“Fazemos aquilo que o Estado não pode ou não sabe fazer”, diz Cáritas de Évora

05 mar, 2012

Em Évora a Cáritas diocesana aposta sobretudo no apoio domiciliário a quem vive só.

“Fazemos aquilo que o Estado não pode ou não sabe fazer”, diz Cáritas de Évora
A Caritas de Évora desdobra-se em diversas valências, mas é no serviço de atendimento e no apoio domiciliário que encontra as situações mais preocupantes.

De acordo com o presidente da Cáritas diocesana, o apoio domiciliário já chega a 270 pessoas em Évora. É também nesta missão de ajuda que se detectam as situações mais preocupantes, não só de carência material mas sobretudo afectiva, que leva Luís Oliveira Rodrigues a insistir que a instituição faz “aquilo que o Estado não pode, ou não sabe fazer”.

A solidão é uma realidade crescente, atesta Luís Oliveira Rodrigues: “Temos mais de 270 pessoas a quem apoiamos nas residências e percebemos como é importante estarmos perto das pessoas que vivem sozinhas, mais do que levar alimentos a essas pessoas e outros serviços que prestamos, a importância de uma palavra amiga é extraordinariamente elevada.”

O presidente da Caritas diocesana lembra também nesta ocasião a importância de alguma colaboração do Estado, mas é necessário, refere, sublinhar esta dimensão de que é a Igreja que de modo organizado está presente através dos diversos pólos paroquiais da Caritas, que na Arquidiocese de Évora são 22.

“Somos realmente o braço da caridade cristã a favor dos mais necessitados e é por aí que queremos ser conhecidos, fazemos aquilo que o Estado hoje, principalmente, reconhece que fazemos melhor que ele. Portanto, naturalmente tem de nos dar alguns apoios monetários para desenvolvermos a nossa acção. Fazemos aquilo que o Estado não pode ou não sabe fazer”, afirma Luís Oliveira Rodrigues

Nesta semana Cáritas, em Évora, para além do peditório nacional, a instituição promove também uma campanha para angariar novos voluntários.