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D. Jorge Ortiga alerta para "o risco de ruptura social"

15 fev, 2012

Perante o agravamento da crise, o Arcebispo de Braga mostra-se apreensivo com o aumento do desemprego e da chamada “pobreza envergonhada”.

D. Jorge Ortiga alerta para "o risco de ruptura social"
D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal
"Há um risco de ruptura social no país, pelo menos nalguns sectores", alerta D. Jorge Ortiga. O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social refere a sua preocupação na mensagem que escreveu para o Dia Cáritas, que a Igreja assinala a 11 de Março.

Perante o agravamento da crise, D. Jorge Ortiga mostra-se apreensivo com o aumento do desemprego e da chamada “pobreza envergonhada”.

“Começa a acentuar-se um certo desencanto e porventura com um certo medo de uma ruptura social em alguns âmbitos - situações de pobreza envergonhada que existem e são muitíssimas. Situações de desemprego na mesma família e casos de pessoas que perderam emprego e pela idade não conseguirão outro começam a agravar-se. Começa a faltar o essencial em algumas casas”, afirma.

Na sua mensagem para o Dia Nacional da Cáritas, o Arcebispo de Braga diz que, se for preciso, é importante a intervenção junto dos poderes públicos. Este é um de três pedidos que deixa aos católicos. O primeiro pedido passa pela implementação de “grupos sociais nas diversas comunidades que respondem às necessidades imediatas”.

“Precisamos também de um elenco muito concreto das carências, para que se possa intervir junto dos poderes públicos, denunciando certas situações, se for o caso de as denunciar”, considera D. Jorge Ortiga, “exigindo também, da parte dos poderes públicos, respostas concretas”.

“Se é verdade que o Estado não pode fazer tudo, e o princípio da subsidiariedade é importante, também o é que o Estado assuma as suas responsabilidades”, conclui o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social.