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Núncio apostólico

"É imperioso não ceder ao pessimismo"

11 jan, 2012

No dia em que Cavaco Silva recebeu os diplomatas que estão em Portugal, Monsenhor Passigato apelou aos portugueses para não se deixarem vencer pela resignação. "O nosso coração não cessa de aguardar a chegada da aurora de um novo dia", disse.

"É imperioso não ceder ao pessimismo"
O núncio apostólico em Portugal apelou hoje à força colectiva e à História do país para enfrentar a crise. Para seguir em frente, é “imperioso não ceder à tentação do pessimismo, do derrotismo ou da resignação”, defendeu Monsenhor Rino Passigato perante os diplomatas que esta manhã apresentaram cumprimentos ao Presidente da República, Cavaco Silva, em Lisboa.

Pelo contrário, defende o núncio apostólico, deve reagir-se “positivamente, sem se deixar abater pelas atribulações, olhando para o futuro com atitude confiante, todos empenhados na busca de soluções capazes de ultrapassar os momentos aflitivos”.

“Na História de Portugal, como na de outros países, sobressaltos e expectativas foram muitas vezes oportunidades para tomadas de consciência colectivas. É assim que Portugal pretende fazer da crise actual uma oportunidade para sanear, por uma vez, a sua situação financeira e introduzir reformas que garantam a competitividade da sua economia”, afirmou ainda.

O núncio apostólico em Portugal pede, assim, esperança aos portugueses, mesmo que os últimos tempos tenham "sido de escuridão".

“Se é verdade que, no ano que acaba de terminar, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia - uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas -, e que quase parece que o manto de escuridão terá descido sobre o nosso tempo impedindo de ver com clareza a luz do dia, o nosso coração não cessa de aguardar a chegada da aurora de um novo dia”, remata.