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Padre de Fafe vai continuar afastado do trabalho pastoral a seu pedido

24 jul, 2015

O sacerdote esteve suspenso – de acordo com as normas da conferência episcopal – enquanto decorreu o processo, e agora pede tempo para recuperar da “pressão social a que se viu sujeito durante cerca de um ano”.

O padre Abel Maia, da Arquidiocese de Braga, que estava a ser investigado pela prática de abuso sexual de menores e adolescentes, vai continuar afastado do trabalho pastoral, apesar de o processo ter sido arquivado, na quinta-feira.

Numa nota emitida pela arquidiocese lê-se que o pedido de afastamento foi feito pelo próprio sacerdote "de modo insistente" e "até se sentir recuperado de toda a pressão social a que se viu sujeito durante cerca de um ano".

Seguindo as normas previstas pela Conferência Episcopal Portuguesa, o padre esteve suspenso de actividade enquanto o processo judicial decorria e a arquidiocese assumiu o compromisso de colaborar com as autoridades.

No comunicado da arquidiocese lê-se ainda que “no dia 23 de Julho de 2015, tivemos conhecimento de um Despacho, datado de 01/07/2015, do Ministério Público no DIAP da Comarca de Porto Este (Penafiel, 1.ª secção), onde se lê que o mesmo ministério 'determinou o arquivamento de processo de inquéritop no qual o Pe. Abel Joaquim Martins Maia 'estava denunciado da prática de factos susceptíveis de integrar os crimes de abuso sexual de crianças e de actos sexuais com adolescente'. Ficou ainda claro, neste Despacho, a ‘ausência de indícios de se terem verificado os factos denunciados'."

"A Arquidiocese acolheu com serenidade a notícia do arquivamento", diz a nota.