Tempo
|

Identidade católica da Renascença "não é uma coisa de tirar e pôr"

08 jul, 2015 • Filipe d'Avillez

D. Manuel Clemente esteve na sede do Grupo Renascença, em Lisboa, para reconduzir o Conselho de Gerência. A equipa de três gerentes passará a quatro em breve.  

Identidade católica da Renascença "não é uma coisa de tirar e pôr"
D. Manuel Clemente esteve na sede do Grupo Renascença, esta quarta-feira, em Lisboa, para reconduzir o Conselho de Gerência. A equipa de três gerentes passará a quatro em breve. O patriarca de Lisboa sublinhou a importância do carácter cristão e católico do grupo r/com (renascença comunicação multimédia).
O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, sublinhou esta quarta-feira a importância do carácter cristão e católico do grupo r/com (renascença comunicação multimédia).

Numa cerimónia de tomada de posse do Conselho de Gerência, reconduzido por decisão dos accionistas, o patriarca salientou a importância de a Renascença continuar a ser a emissora católica portuguesa.

"O ser católica não é só uma referência cultural. Há uma maneira católica de trabalhar e emitir", disse o patriarca. Esse catolicismo "não é uma coisa de tirar e pôr, é uma presença constante".

Essa identidade manifesta-se de formas diferentes, incluindo num abraçar das causas do Papa, explicou ainda o cardeal. Isto é verdade, diz D. Manuel, para todas as rádios do grupo, independentemente de terem estilos, público-alvo e conteúdo diferenciados.

Recordando que colaborou de perto com a Renascença, com um programa semanal, durante 12 anos, o Patriarca disse que se sentia "da casa".

"Sou da casa, continuo como tal e estarei online", brincou ainda, numa referência à forte aposta do grupo na dimensão digital.

Gerência mantém-se e vai crescer
Antes de o Patriarca falar, tomou a palavra o cónego João Aguiar, que foi reconduzido como presidente do conselho de gerência, juntamente com os vogais José Luís Ramos Pinheiro e Ana Lia Martins Braga.

À equipa juntar-se-á um quarto elemento a ser designado pela Assembleia Geral, composta por representantes do Patriarcado de Lisboa e da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que se fez representar na sessão através do seu porta-voz, o padre Manuel Barbosa.

O cónego João Aguiar, que assumiu este mesmo cargo há uma década, agradeceu a presença do cardeal que, diz, mostra que "a Igreja ama a sua rádio, até nos defeitos e manifesta-lhe uma proximidade exigente".

Durante o seu discurso elencou as principais prioridades para este próximo mandato, nomeadamente continuar a fazer da Renascença um grupo de comunicação relevante para a sociedade e para a Igreja; promover o regresso da RFM à liderança; manter a aposta na estratégia digital e garantir o equilíbrio económico sustentável do grupo.

Outro projecto que marcará este mandato do conselho de gerência é a mudança da sede do grupo do Chiado para a Quinta do Bom Pastor, na Buraca, onde passará a contar com melhores condições tecnológicas para desempenhar a sua missão, disse ainda o cónego João Aguiar.