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O desemprego é uma ofensa à dignidade humana, diz Francisco

25 mar, 2015 • Ângela Roque

Na audiência-geral desta quarta-feira, o Papa pediu ainda orações pelo Sínodo da Família, lamentando as atitudes de maledicência e de crítica não construtiva.  

O desemprego é uma ofensa à dignidade humana, diz Francisco
A falta de trabalho é uma ofensa para a dignidade humana, disse esta quarta-feira o Papa, no final da audiência-geral desta quarta-feira, no Vaticano. Francisco pediu ainda orações pelo Sínodo dos Bispos sobre a Família, que vai decorrer em Outubro, lamentando as atitudes de maledicência e de crítica não construtiva.
A falta de trabalho é uma ofensa para a dignidade humana, disse esta quarta-feira o Papa, no final da audiência-geral desta quarta-feira, no Vaticano.

Saudando a presença na Praça de São Pedro de um grupo de trabalhadores italianos ameaçados pelo desemprego, Francisco defendeu ser urgente contrariar a lógica do lucro e privilegiar a da solidariedade, porque não ter trabalho é indigno e é injusto.

“É uma injustiça não ter trabalho. Quando não se ganha o pão, perde-se a dignidade! E este é o drama do nosso tempo, em especial para os jovens que, sem trabalho, não têm perspectiva de futuro e podem ser presas fáceis para organizações malfeitoras. Por favor, lutemos pela justiça do trabalho. Devemos lutar por isto”.

O Papa pediu também aos peregrinos que rezem pelo Sínodo dos Bispos sobre a Família, que vai decorrer em Outubro, porque o bom andamento dos trabalhos precisa mais da oração de todos do que de atitudes de maledicência e crítica não construtiva.

“Peço-vos por favor que não falhem com a vossa oração. Todos, Papa, cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos e leigos, todos somos chamados a rezar pelo sínodo”, afirmou Francisco, lembrando ainda que foi a 25 de Março, Dia da Anunciação, que há 20 anos João Paulo II publicou a encíclica Evangelium Vitae, sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana.

A data é celebrada no dia 25 de Março, em vários países, com Jornadas pela Vida.

No final da sua audiência geral, o Papa cumprimentou várias figuras públicas presentes, incluindo o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, que integrava uma delegação de dirigentes da Rede de Cidades Magalhânicas. António Costa, na qualidade de presidente da Camara de Lisboa entregou ao papa uma Caravela de prata em Filigrana.

Ainda esta tarde António Costa tem reunião marcada com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi.