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Mensagem para as comunicações sociais dedicada à família

23 jan, 2015

O papel das famílias na formação de novas gerações está em destaque. O Dia Mundial das Comunicações Sociais é assinalado a 17 de Maio.

A “família é o primeiro lugar onde se aprende a comunicar”. É o que sublinha a mensagem do Papa para o próximo Dia das Comunicações Sociais, que este ano se assinala a 17 de Maio. 

A  mensagem lembra que a educação para o pluralismo começa precisamente em casa, entre pais e filhos.

“A própria família não é um objecto acerca do qual se comunicam opiniões, nem um terreno onde se combatem batalhas ideológicas, mas um ambiente onde se aprende a comunicar“, lê-se no texto.

Com o título "Comunicar a Família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor", Francisco afirma também que a família não deve lutar "para defender o passado”, mas trabalhar “com paciência e confiança, em todos os ambientes onde se encontra para construir o futuro".

“Uma criança que aprende, em família, a ouvir os outros, a falar de modo respeitoso, expressando o seu ponto de vista sem negar o dos outros, será um construtor de diálogo e reconciliação na sociedade”, escreve Francisco, naquele que é a sua segunda mensagem para este dia.

O texto realça também que a informação é importante, “mas não é suficiente”, porque muitas vezes “simplifica, contrapõe as diferenças e as visões diversas”, em vez oferecer uma visão de conjunto.

“O desafio que hoje se nos apresenta é o de aprender de novo a narrar, não nos limitando a produzir e consumir informação”, lê-se.

Sobre as novas tecnologias diz que, apesar de poderem “dificultar” a comunicação, também é verdade que a podem favorecer, quando ajudam “a partilhar”, a “permanecer em contacto com os que estão longe”, a agradecer ou pedir desculpa.

Sendo esta uma mensagem para o Dia das Comunicações Sociais, o Papa lamenta que os media tratem a família como uma coisa “abstracta” ou como “um problema”, lembrando que escolheu o tema “Comunicar a Família”, porque na própria Igreja se está a fazer uma “profunda reflexão” nesta matéria, a caminho do sínodo de Outubro.