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"Uma honra para a Igreja". Reacções à nomeação de D. Manuel Clemente

04 jan, 2015

Este é “um sinal de confiança” e de alegria para a Igreja Portuguesa, que acarreta também novas responsabilidades no serviço da Igreja universal.

"Uma honra para a Igreja". Reacções à nomeação de D. Manuel Clemente

A nomeação de D. Manuel Clemente, que será criado cardeal a 14 de Fevereiro, é um motivo de “regozijo e de alegria” para a Igreja Portuguesa e ao mesmo tempo “um sinal de confiança” por parte do Papa Francisco, defendem as primeiras reacções à notícia.

O Porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa acrescenta que o anúncio desta manhã acarreta também mais responsabilidades “no serviço que vai continuar a prestar à Igreja, mas agora à Igreja universal”, disse à Renascença o padre Manuel Barbosa.

D. Manuel Clemente,  será o quarto cardeal português do Século XXI. Na opinião do Padre Adélio Abreu, director da Faculdade de Teologia do Porto, é importante a Igreja Portuguesa estar representada neste quadro de governo pastoral da Igreja.

“Um Colégio Cardinalício significa um corpo de colaboradores restritos do Papa no pastoreio da igreja universal. Nesse sentido, é importante que a Igreja no seu conjunto possa estar representada neste quadro de governo pastoral da igreja universal, particularmente na época contemporânea”.

“Houve um movimento de internacionalização do Colégio Cardinalíssimo e nesse sentido há muitas igrejas locais hoje que estão representadas nesse mesmo Colégio. Certamente que é importante que a Igreja em Portugal também possa ter alguma representação a esse nível”, disse o Padre Adélio Abreu à Renascença.

Mais do “uma honra e um privilégio”, ser cardeal significa prestar serviço à Igreja, lembra.

Em declarações à Renascença, D. Jorge Ortiga, arcebispo primaz de Braga, “congratula-se” com a notícia que diz ser já esperada, mas não garantida.

“O facto de ter acontecido é uma honra para a igreja em Portugal. Para o senhor D. Manuel Clemente é, digamos, um consagrar das suas capacidades, dos seus talentos, da sua intuição”.

A presença de D. Manuel Clemente é ainda, na opinião do arcebispo primaz de Braga,“uma mais-valia para o Colégio dos Cardais”.

O Bispo do Porto lembra que o Papa terá sempre em D. Manuel Clemente um incansável colaborador, como atesta a trajectória de toda uma vida de serviço à Igreja.

“O Papa Francisco escolheu como Cardeal o nosso Patriarca de Lisboa para nos dizer que nele encontra e encontrará sempre um colaborador incansável ao seu jeito, de proximidade, de ponderação, de ousadia missionária, de capacidade de serviço à Igreja e de anúncio do Evangelho na vanguarda da missão”, disse à Renascença.

D. António Francisco dos Santos acrescenta que “este espírito que é tão conhecido, respeitado e admirado no senhor D. Manuel Clemente vai ser um grande testemunho para a Igreja Universal”.

[actualizado às 16h55]