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Patriarca de Lisboa dá exemplos de solidariedade que são sinal de Deus

25 dez, 2014

D. Manuel Clemente desafia católicos a aprofundar celebração do nascimento de Jesus.

Patriarca de Lisboa dá exemplos de solidariedade que são sinal de  Deus
O Patriarca de Lisboa sublinhou a existência de múltiplas marcas de incarnação numa humanidade que sofre e que espera. Na Sé de Lisboa deu exemplos vários: a começar pelo Papa Francisco.

Destacou o exemplo de Francisco e “da sua constante preocupação por aproximar-se e aproximar-nos a nós de todas as “periferias” deste mundo; das comunidades religiosas que não desistem de estar presentes em “meios socialmente difíceis”; bem como das famílias onde esta demorada crise “reforçou laços de cuidado mútuo e intergeracional”.

A esse respeito, lembrou ainda as paróquias e outras instituições cristãs, que “redobram esforços para responder às mais diversas necessidades de ontem ou de agora; e ainda os homens e mulheres de “boa vontade que não deixam fechar o coração, nem cair os braços, com uma persistência em que o próprio criador certamente se revela”.

O Patriarca de Lisboa começou por afirmar que “nenhuma comemoração” esgota por completo o Natal, que inspirou a arte, a cultura, a Liturgia, fazendo do Menino Jesus “forma e figura da esperança mais profunda”.

“O Natal mantém sempre a surpresa e o espanto da aventura divina no mundo”, acrescentou.

Este menino que “riu e chorou” chegou até à humanidade que não podia chegar até Ele, com consequências no modo de ver Deus e os outros. Nesse contexto, D. Manuel Clemente sublinhou que o Cristianismo não é “alienação”, mas “incarnação”.

O também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa alertou para as situações em que os católicos falam de Deus sem referência à “incarnação”, como se não o reconhecessem em Cristo.

“Peçamos a Jesus, Verbo de Deus Incarnado, que por nós e no seu Espírito, continue a obra da verdadeira salvação, que só acontecerá com a mudança profunda do coração de cada um para chegar ao coração de todos, ao coração de uma história verdadeiramente humana, de uma história finalmente divina”, apelou.