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Espanha. Sete detidos suspeitos de recrutarem mulheres para o Estado Islâmico

16 dez, 2014

Várias mulheres europeias já foram aliciadas para engrossarem as fileiras dos jihadistas como combatentes ou para se casarem com militantes.

Espanha. Sete detidos suspeitos de recrutarem mulheres para o Estado Islâmico
O Ministro do Interior espanhol confirmou a detenção de sete pessoas suspeitas de tentarem recrutar mulheres para o Estado Islâmico, que resultou de uma operação conjunta entre as autoridades espanholas e as marroquinas.

Quatro mulheres e um homem foram detidos em Barcelona, Ceuta e Melila, e outros dois homens na cidade marroquina de Fnideq.

São todos acusados de formarem uma rede que tentava recrutar e depois enviar mulheres para a Síria e o Iraque.

No passado, várias mulheres europeias foram aliciadas para engrossarem as fileiras dos jihadistas como combatentes ou para se casarem com militantes.

Em Setembro, a polícia espanhola já tinha detido nove pessoas, em Melilla, que suspeitava pertencerem a uma célula com ligações ao Estado Islâmico.

Espanha está entre um grupo de países europeus que luta para travar a radicalização de jovens cidadãos muçulmanos, tentando evitar que se transformem em jihadistas na Síria ou no Iraque, e que após treinamento regressem aos seus países de origem para levarem a cabo ataques.

Os serviços de segurança franceses também desmantelaram na segunda-feira uma rede destinada ao recrutamento e envio de jihadistas para a Síria. A operação concentrou-se principalmente em Toulouse (Sul do país), mas também foram efectuadas detenções na Normandia (Oeste) e em Paris. Mais de dez pessoas foram detidas. A operação foi liderada pela polícia antiterrorista e a Raid, uma unidade de elite das forças de segurança.

Dos três mil europeus que já rumaram à Síria e Iraque, para combater ao lado do Estado Islâmico, 1.100 eram franceses.

Um relatório das Nações Unidas revelou que cerca de 15 mil voluntários de mais de 80 países, um número "sem precendentes", viajaram para a Síria e Iraque para ingressar nas fileiras jihadistas.