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Áustria manda fechar escola saudita por suspeitas de radicalismo

15 dez, 2014

Polémica surge numa altura em que o Governo pondera legislação que poder impedir o financiamento estrangeiro de organizações muçulmanas no país.

O Governo austríaco mandou encerrar uma escola saudita que funciona na capital, Viena, por se ter recusado a cumprir a legislação nacional relativa à educação, nomeadamente recusando-se a tornar públicos os nomes dos seus professores.

A Escola Saudita de Viena tem cerca de 150 alunos e lecciona em árabe. A instituição, financiada pela Arábia Saudita, ignorou um prazo para divulgar publicamente os nomes dos seus professores e tem agora um mês para recorrer da decisão do Governo. Caso contrário, terá de encerrar no final do ano lectivo.

As autoridades mostraram-se também preocupadas com o teor dos livros escolares utilizados na escola. O receio de que estejam a ser usados textos anti-judaicos levou a que se pedisse a tradução dos mesmos, algo que a escola também não cumpriu.

A polémica em torno da escola surge numa altura em que a Áustria debate a introdução de uma legislação que visa impedir o financiamento estrangeiro de organizações muçulmanas. O Governo pretende ainda impor a utilização de um exemplar do Alcorão uniformizado e em língua alemã, algo que os críticos contestam como sendo um atentado à liberdade religiosa.