28 nov, 2014 • Aura Miguel
Francisco viaja para a Turquia a convite do Patriarca Ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu I, e a visita tem um cariz sobretudo ecuménico, com o ponto alto previsto para o próximo domingo, dia 30, festa de Santo André.
Aos católicos, Francisco dedica apenas duas horas da sua agenda e, ao contrário dos três Papas (Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI) que visitaram a Turquia, Francisco não vai a Éfeso, um dos locais marianos mais famosos do mundo.
Inconsoláveis, os católicos já manifestaram a sua decepção e o actual arcebispo, Monsenhor Ruggero Franceschini, em declarações à Rádio Vaticano, também se lamentou do pouco tempo que Francisco lhes vai dedicar nesta visita de três dias.
Os católicos não têm a vida fácil na Turquia, país esmagadoramente muçulmano, cuja sociedade tem vindo, nos últimos anos, a islamizar-se. Um país onde o nacionalismo não encara com simpatia os cristãos de rito latino, facilmente associados à ocupação de potências estrangeiras.
Os cristãos são identificados no bilhete de identidade e não podem ser funcionários públicos.
Em 2010, Monsenhor Luigi Padovese, o anterior bispo católico deste território, foi assassinado.
A chegada do Papa à capital Ancara está prevista para 13 horas (11 horas em Portugal Continental).