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Diocese de Bragança-Miranda ganha centro de conservação e restauro

24 nov, 2014 • Olímpia Mairos

No espaço vão funcionar as oficinas de restauros e os gabinetes dos técnicos, bem como salas de apoio à formação de futuros especialistas em restauro de arte sacra. Do projecto também faz parte a criação de equipas que possam responder às necessidades da região e actuar noutras zonas do país.

Até ao final do ano deverá abrir portas o Centro de Conservação e Restauro da diocese de Bragança-Miranda. O centro vai funcionar em Sendim, concelho de Miranda do Douro, e resulta de uma necessidade de preservar o património religioso e restaurar a arte sacra da diocese nordestina.

O Centro de Restauro de Arte Sacra, de acordo com o projecto candidatado aos apoios comunitários, vai custar cerca de 90 mil euros e está instalado na Casa da Criança Mirandesa, em Sendim, Miranda do Douro.

Para além do restauro, a diocese vai utilizar o futuro centro para fazer o inventário das peças de arte sacra de toda a região, "com rigor científico", realça o padre António Pires, da Comissão Diocesana de Arte Sacra.

O espaço onde irão funcionar as oficinas de restauros e os gabinetes dos técnicos “estão praticamente concluídos”, bem como as salas de apoio à formação de futuros especialistas em restauro de arte sacra.

O centro será também um instrumento de apoio e aconselhamento aos sacerdotes e comissões fabriqueiras, sempre que seja necessário, para intervenções nas igrejas ou na estatuária.

É um serviço "para o bem do património e das pessoas", refere António Pires. Em termos de preservação, "além da intervenção, há a conservação preventiva" e, nesse sentido, é "necessário dar formação para que o património não se deteriore".

A vertente formativa do projecto pretende criar equipas que possam responder às necessidades da região, mas também actuar noutras zonas do país.

A ideia é contratar técnicos qualificados em escultura e pintura, numa tentativa de salvaguardar o património, e investir na criação de parcerias com empresas locais que estejam habilitadas para a intervenção patrimonial.