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Papa lamenta assassinato de estudantes mexicanos

12 nov, 2014

Os 43 jovens desapareceram em finais de Setembro e, ao que tudo indica, foram mortos a mando do presidente da câmara de Iguala, em colaboração com membros de um gangue e da polícia local.

Papa lamenta assassinato de estudantes mexicanos
O Papa Francisco recordou esta quarta-feira os 43 estudantes mexicanos que estão desaparecidos desde Setembro e que, ao que tudo indica, terão sido assassinados.

Apesar de as autoridades dizerem que não podem confirmar oficialmente a morte dos alunos, existe uma confissão por parte de três membros de um gangue mexicano, e o Papa pareceu não ter dúvidas sobre o triste desfecho deste caso que está a revoltar a sociedade mexicana.

“Quero de alguma forma dizer que estou com os mexicanos, aqueles que cá estão e os que se encontram no México, neste momento doloroso daquilo que legalmente é um desaparecimento, mas sabemos que foi o assassinato dos estudantes”, disse Francisco, no final da audiência-geral, quando saudava um grupo de peregrinos mexicanos na Praça de São Pedro.

Os 43 estudantes desapareceram em Setembro quando se dirigiam à cidade de Iguala para reclamar mais financiamento para a sua universidade, que forma professores. Ao que tudo indica, o presidente da câmara, que foi recentemente detido juntamente com a sua mulher, mandou a polícia impedir que os alunos chegassem à cidade.

Segundo os três membros de um gangue local, que alegadamente tem ligações próximas com o presidente da Câmara, a polícia entregou-lhes os jovens e os membros do grupo criminoso mataram-nos, esmagando de seguida os corpos e incendiando os restos mortais, que foram depois lançados em sacos de plástico a um rio.

As autoridades já encontraram alguns restos mortais mas dizem que estão de tal forma queimados que poderá não ser possível identificar as vítimas.