Emissão Renascença | Ouvir Online

Média devem "dar mais visibilidade a quem sabe do que fala"

24 out, 2014 • Isabel Pacheco

Há demasiados interlocutores na comunicação social que apenas "sabem falar, não importa do quê", criticou a professora Felisbela Lopes, no congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã.

Os órgãos de comunicação social têm de dar mais visibilidade a quem realmente sabe do que fala, defende a investigadora Felisbela Lopes.

No congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIIC), que decorre em Terras de Bouro, a professora do departamento de ciências da comunicação da Universidade do Minho disse que é preciso mudar os interlocutores do costume.

Os média devem, sublinha, devem “dar mais visibilidade a interlocutores que sabem do que falam e não apenas àqueles que sabem falar, não importa do quê”.

Para Felisbela Lopes, seria bom que os órgãos de comunicação social de hoje “se preocupassem ou tivessem meios para se preocupar com o importante, em detrimento do interessante ou, pior, do engraçado ou do trágico”.

Um jornalismo centrado no que é “essencial” precisaria de “outras fontes” e de “desfazer esta espécie de confraria que tomou de assalto as secções centrais da imprensa ou o topo do alinhamento das rádios e das televisões”, critica a docente da Universidade do Minho.

O congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIIC) termina este sábado, em Terras de Bouro.