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D. Jorge Ortiga quer que comunicação social de inspiração cristã marque a diferença

24 out, 2014 • Isabel Pacheco

"Os detentores do poder político ou económico já ocupam demasiado espaço nas primeiras páginas", disse o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social nos trabalho do IX congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, que decorre em Braga.

Os meios de comunicação social de inspiração cristã têm o dever de marcar a diferença. O repto foi deixado esta quinta-feira pelo presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Jorge Ortiga, no congresso da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) que decorre, até sábado, em Braga.

No Santuário de São Bento da Porta Aberta, D. Jorge defendeu que comunicação de inspiração cristã deve dar voz e espaço a quem mais precisa e criticou o excesso de economia e política na informação actual.

"Os detentores do poder político ou económico já ocupam demasiado espaço nas primeiras páginas. Os pobres sem voz necessitam de alguém que saia da rotina habitual e enverede pelo encontro capaz de provocar sensibilidade, solidariedade e fraternidade. Eles não têm gabinete de comunicação a anunciar os acontecimentos numa perspectiva de interesse pessoal. Mas a sua voz, por vezes, grita", afirmou o também Arcebispo de Braga.

D. Jorge Ortiga sublinhou, ainda, que a comunicação de inspiração cristã deve comunicar a verdade , "marcar a diferença", apostando na alternativa, ou seja, "em modelos diferentes que não se fecham na comunicação das notícias, mas olham para o que edifica a sociedade sem trair a verdade".

Estes apelos foram deixados na abertura do IX congresso dedicado ao papel dos órgãos de comunicação social cristãos como "mediadores da alegria e do encontro", como lembra o presidente da Assembleia Geral da AIC, cónego João Aguiar Campos: "Como diz o tema, o congresso convoca-nos a vontade de aprofundarmos o nosso papel de mediadores e, num contexto bastante depressivo e de tendências individualistas, ao assumirmos este papel queremos afirmarmo-nos pontes da alegria e da cultura do encontro. Isto é uma urgência".