Papa vai à Albânia para "dizer a todos os povos que é possível trabalharmos juntos"

A próxima viagem pastoral do Papa, à Albânia, marcada para 21 de Setembro servirá, de acordo com o próprio Francisco, para "dizer a todos os povos que é possível trabalharmos juntos".

Na conversa que manteve com os jornalistas durante a viagem de regresso da Coreira do Sul, o Papa revelou alguns dos planos que tem para as próximas visitas, sublinhando que não gosta de "périplos".

"Muitas pessoas dizem que o estilo do Papa é começar as coisas com périplos, mas não. Eu vou à Albânia por duas razões importantes. Primeiro, porque eles - e estamos a falar dos Balcãs, [têm] um governo unificado, composto por muçulmanos, cristãos ortodoxos, ctólicos, com um corpo inter-religioso que ajuda e que é equilibrado. Isso é muito bom, traz harmonia. A presença do Papa quer dizer a todos os povos que é possível trabalharmos juntos. Eu acho que seria bom para essas nobres pessoas se eu as visitasse", disse Francisco sobre aquela que será a sua primeira viagem em solo europeu, que não o italiano.

Francisco, que tem também viagem marcada ao Sri Lanka e às Filipinas, em Janeiro de 2015,  admitiu que tem recebido uma “enxurrada” de convites de todo o mundo, incluindo do México, de Espanha e dos Estados Unidos da América, país que, no próximo ano, recebe o Encontro Mundial das Famílias.

"No próximo ano, devo ir à Filadélfia, para participar no encontro de famílias católicas. Fui convidado pelo Presidente dos Estados Unidos, pelo parlamento e também pelo secretário-geral das Nações Unidas. Por isso, devo visitar as três cidades na mesma viagem. E, depois, há o México. Os mexicanos querem que visite a Virgem de Guadalupe e poderei fazê-lo, mas ainda não é certo. E, no fim, há também Espanha. Os reis convidaram-me, os bispos também, chovem convites de Espanha. Também tem Santiago de Compostela... Talvez, ainda não é certo. Por isso, não vou adiantar mais nada agora", disse o Papa.

Ainda sobre espanha, Francisco admitiu: "Poderia ir a Avila de manhã e voltar à tarde. É possível, na teoria, mas nada está ainda decidido".

Outro convite chegou do Japão e Francisco admitiu que seria "uma viagem maravilhosa".

Nesta viagem, o Papa falou aos jornalistas quando o avião sobrevoava o espaço aéreo chinês, algo que aconteceu pela primeira vez na história dos pontificados. "Rezei muito pelo belo e nobre povo da China", revelou.

"Gostaria de ir à China? Claro. Ia já amanhã", avançou, em resposta a uma pergunta de um jornalista.