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Patriarca de Lisboa

Comunidade internacional tem de “acordar” para conflito no Iraque e Gaza

09 ago, 2014 • Ecclesia

“Certa poeira mediática parece que não toma a sério estes conflitos, que deixam de ser notícia ou passam a fait-divers”, considerou.

O Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, afirmou que na perseguição aos cristãos no Iraque e nos conflitos na Faixa de Gaza, a consciência de cada um “não pode adormecer”.

“É preciso que a comunidade internacional acorde porque até uma certa poeira mediática parece que não toma a sério estes conflitos, que deixam de ser notícia ou passam a fait-divers”, diz em relação à situação dos cristãos perseguidos no Iraque pelos militantes islâmicos que querem impor um Estado Islâmico.

O facto de já se ter “falado” sobre estas situações de conflito no “telejornal de ontem ou no noticiário de anteontem” não podem ser relegadas para segundo plano porque “isto permanece”, disse o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), à margem do encerramento do acampamento regional de escuteiros de Lisboa.

“São dramas humanitários tremendos ainda antes de serem conflitos com conotação religiosa, mal metida, porque são exactamente a negação do que as nossas religiões professam”, adverte D. Manuel Clemente, acrescentando: “Não deixemos que a nossa consciência adormeça, isto não dá para adormecer”.

O presidente da CEP relembra que os cristãos não são perseguidos apenas no Iraque e destaca outros casos como o Paquistão ou a Nigéria (África), com o movimento islâmico Boko Harem, “são situações exactamente ao contrário do que deviam ser”.

Sobre o conflito na Faixa de Gaza, que opõe o governo de Israel e o Hamas, na Palestina, D. Manuel Clemente destacou a iniciativa do Papa Francisco que, em Junho, convidou para rezar em conjunto os líderes de Israel e da Palestina porque “têm toda a conveniência”.