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Curdos preparam-se para contra-atacar os islamitas no Iraque

04 ago, 2014

Depois de uma série de derrotas que os levaram a perder muito terreno durante o fim-de-semana, os militares do Curdistão iraquiano prometem vingança “sem piedade”.

A avaliar pelo optimismo do comandante dos Peshmerga, as forças armadas curdas, os ganhos territoriais dos islamitas do Estado Islâmico não vão durar até sexta-feira.

Depois terem ocupado Mossul, com pouca ou nenhuma resistência por parte do exército regular do Iraque, os membros do Estado Islâmico varreram os soldados curdos que ocupavam já várias cidades e aldeias no norte do Iraque, junto à fronteira com a Síria.

Com estas conquistas o Estado Islâmico passou a dominar cinco refinarias, o que lhe permite uma importante fonte de rendimento, e ainda a maior barragem do Iraque. Ainda esta segunda-feira os curdos afirmaram terem recuperado a barragem, mas a informação carece de confirmação.

Mas os curdos dizem que as derrotas que sofreram deveram-se ao facto de terem as suas forças muito espalhadas. Agora que estão a levar reforços para o terreno, a história vai ser diferente, garantem. “Vamos atacá-los até os destruirmos completamente. Não teremos misericórdia alguma”, garante, à Reuters, o coronel dos Peshmerga, que não se identifica.

“Já lhes demos oportunidades suficientes e agora até vamos recuperar Mossul. Penso que dentro de 48 a 72 horas poremos fim a isto”, diz ainda o militar.

Os curdos no Iraque podem contar, entretanto, com o apoio do PKK, o partido que luta há 30 anos pela autonomia dos curdos na Turquia, que, no seu "site", declara que todos os curdos do mundo devem levantar-se em armas para combater contra o Estado Islâmico.

As regiões asseguradas pelo Estado Islâmico durante o fim-de-semana incluíam muitas pessoas de minorias religiosas e étnicas, incluindo cristãos, que fugiram em massa dos islamitas.