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Encontro reúne novos e velhos para discutir liturgia

29 jul, 2014 • Paula Costa Dias

As missas podem ser mais animadas, mas isso não chega para garantir as mudanças que o Papa Francisco pede nem para as pessoas perceberam verdadeiramente o que é ser-se cristão.  

Rute Mateus tem 17 anos e veio da Sertã para, pela primeira vez, participar no Encontro Nacional da Pastoral Litúrgica. Fê-lo porque, cantando num coro e dirigindo outro, reconhece que os jovens vão mais às celebrações quando elas são mais animadas.

“Acho que vai atrair mais a população mais jovem. Muitos não se dirigem à igreja pela imagem que tem da missa sem violas, só com pessoas a cantar”, diz Rute, alertando, contudo, para o risco das pessoas desviarem a atenção do significado da celebração.

De outra geração é Lisete Carvalho que veio de Penedono e que concorda com celebrações mais animadas. Contudo afirma que a renovação da Igreja não pode só passar por aí: “Pensando mais nas pessoas, nos problemas concretos delas, acompanhando-as, mais do que havendo festas que são engraçadas e animam muito, a igreja fica cheia, toda a gente se entusiasma, mas depois as pessoas não voltam lá. As mudanças não se fazem por decreto.”

Também Marilia Almeida acredita que a renovação pedida pelo Papa Francisco tem que ter outras frentes: “Há intrigas e essas coisas que não se admitem numa igreja. Isso não é Cristianismo. Acho que as pessoas ainda não entenderam o que é cristão. Antes de mais é preciso entender-se o que é cristão.”

Uma renovação a que a Comissão Episcopal da Liturgia procura dar corresponder com mais um encontro nacional este ano sobre o culto dos santos na Igreja.