Emissão Renascença | Ouvir Online

Há cada vez mais portugueses a fazer voluntariado missionário

25 jul, 2014 • Ângela Roque

Este Verão, 548 pessoas participam em projectos internacionais ligados à Igreja Católica.  "A crise não é uma palavra do léxico dos voluntários".

Há cada vez mais portugueses a fazer voluntariado missionário. Este Verão, 548 pessoas participam em projectos internacionais e quase mil vão estar envolvidas em diversas acções em Portugal. E isto só através das organizações ligadas à Igreja Católica.

São dados da Fundação Fé e Cooperação (FEC), que desde 2002 dinamiza a Rede de Voluntariado Missionário.

"Relativamente ao ano passado, houve um aumento de 35%, e, de facto, este é o ano em que parte mais gente, em que mais voluntários vão estar a trabalhar durante todo o ano em missões fora de Portugal. É um número recorde, sem dúvida", refere Ana Patrícia Fonseca, da FEC, à Renascença.

O crescimento do número de voluntários em missão também reflecte o crescimento de instituições a organizar as missões. E nem a crise parece ter afectado a adesão a este tipo de voluntariado.

"A crise não é uma palavra do léxico dos voluntários. A partida pode ser mais difícil porque implica angariar fundos e, efectivamente, há mais dificuldades em angariar esses fundos para as viagens. Mas há um esforço ao longo de todo o ano para que os missionários possam partir e fazer este trabalho missionário que tanto desejam e ambicionam", explica.

Mulheres e jovens
O perfil do voluntário mantém-se. Nas missões internacionais são "sobretudo mulheres, jovens e jovens universitárias".

Os PALOP – com Cabo Verde, Moçambique e Angola à cabeça – continuam a ser o destino privilegiado. "O país para onde partem mais voluntários é Cabo Verde, contrariamente ao que acontecia em anos anteriores", diz Ana Patrícia Fonseca.

Também a Guiné Bissau e São Tome e Príncipe têm um número expressivo de voluntários, outra diferença relativamente aos anos anteriores.