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Patriarca defende respeito pelos direitos humanos na Guiné Equatorial

22 jul, 2014

D. Manuel Clemente defende que é necessário fazer um caminho "activo" nesse sentido.

Patriarca defende respeito pelos direitos humanos na Guiné Equatorial

O Patriarca de Lisboa defende que, “aconteça o que acontecer”, é necessário um caminho "activo" no sentido do respeito pelos direitos humanos na Guiné Equatorial, que se prepara para aderir à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Em declarações à agência Lusa, em Luanda, D. Manuel Clemente disse esta terça-feira que a Igreja está aberta àquilo que os países da CPLP decidirem, “mas sobretudo está presente para que decidam bem”.

O assunto, debatido ao nível político, "tem levantado problemas de contestação por causa do regime vigente da Guiné Equatorial", mas a nível eclesial a situação é diferente.

"Não se pôs ainda o problema [na comunidade dos bispos lusófonos] porque, embora que, pelos vistos, os países da lusofonia vão tomar essa decisão, nós não somos exactamente a mesma realidade. Somos uma realidade eclesial", sublinhou o Patriarca de Lisboa, que falava à margem do 11.º Encontro dos Bispos da CPLP, que se realiza em Angola, até 28 de Julho.

A adesão da Guiné Equatorial à CPLP deverá efectivar-se esta quarta-feira, durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo em Díli, Timor-Leste, depois de uma década de solicitação daquela antiga colónia espanhola.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu que Portugal ficaria isolado se não defendesse a entrada do novo membro. O argumento não convence o deputado socialista João Soares, que apelou ao Presidente da República, Cavaco Silva, que rejeite a adesão da Guiné Equatorial à CPLP.