Patriarca defende o amor ao próximo

Na Sé Patriarcal de Lisboa, D. Manuel Clemente pergunta: "Sendo católico e baptizado, que sabemos nós que os outros não saibam para que por nós saibam também? Sabemos luminosamente que a morte está vencida e sabemos como se vence a morte.”

“Se morremos com Cristo acreditamos que também com ele viveremos. Na morte que sofreu morreu para o pecado de uma vez para sempre. Considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus”, acrescentou.

“Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos indispensavelmente, quem não ama permanece na morte”, referiu.

D. Manuel Clemente lembra que “Deus fala-nos do que faz e no que faz, mesmo quando fala de vida ou de morte, não deixando de falar da vida que inesgotavelmente proporciona”. “Viver é viver para Deus”.

“Se na verdade estamos unidos a Cristo pela semelhança da sua morte também o estaremos pela semelhança da sua ressurreição”.

O Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, lembra que a vigília pascal relança a nossa vida à luz da história bíblica, que foi plural e culmina na Ressurreição de Cristo.

Na sua primeira vigília pascal enquanto Patriarca, D. Manuel deixa a pergunta: “O que é que sabemos e importa saber, por nós e por todos, face às grandes dificuldades que nos tomam hoje?

“Esperanças mantidas e esperanças desmentidas, subsistências seguras ou receios de as perder, vidas acompanhadas ou isoladas, saúde ou doença, trabalho ou falta dele. Este é o nosso mundo porque é o dos outros”, acrescentou.

O Patriarca acrescenta que “a grande luz que acendemos esta noite é para chegar a todos, valendo a palavra de Cristo: ‘Vós sois a luz do mundo’”.