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Último padre ordenado por D. José diz que Cardeal "completou missão"

13 mar, 2014 • Filipe d’Avillez

Diogo Correia, o último padre ordenado por D. José Policarpo, recorda um homem sensível à arte e à beleza. "Continuará no Céu, a rezar por nós".

Último padre ordenado por D. José diz que Cardeal "completou missão"
A última celebração pública de D. José Policarpo foi a ordenação de quatro novos sacerdotes, em Junho de 2013. Diogo Correia era um desses quatro homens que recebeu das mãos do então Patriarca o sacramento da Ordem. A morte de D. José apanhou-o de surpresa: “Foi uma grande surpresa, mas completou a sua missão.”

“Recordo-me das palavras na sua última homilia como Patriarca de Lisboa, que foi na minha ordenação, uma homilia muito bela, com um grande sentido de humildade, em que falava desse sentido de serviço a Lisboa e agora penso que está completa a sua missão e vai continuar esse serviço à Igreja de Lisboa, rezando no Céu por todos nós.”

O padre Diogo Correia era o mais velho dos quatro que foram ordenados naquela tarde, nos Jerónimos, em Lisboa. A sua formação anterior foi em história do Património e recorda longas conversas com D. José sobre esse assunto: “Recordo-me de um homem próximo na intimidade. Muito bem-disposto, bem-humorado, recordo o tempo do seminário, das conversas que tínhamos sobre património, falávamos muito destas temáticas e revelou-se um homem muito sensível à arte, ao património, à beleza.”

O facto de ter sido um dos últimos quatro padres ordenados por D. José Policarpo é algo que marca o ministério do padre Diogo: “Fui de facto um dos padres ordenados por D. José e direi que foi um privilégio, porque foi uma pessoa que marcou muito o meu percurso, não só vocacional, mesmo cristão, porque acompanhei muito do meu crescimento como cristão com D. José como bispo auxiliar de Lisboa e depois como Patriarca.”

D. José Policarpo morreu aos 78 esta quarta-feira. Foi Patriarca de Lisboa durante 15 anos, tendo participado durante esse período em dois conclaves, ajudando a eleger o Papa Bento XVI e o Papa Francisco.