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Saiba quem vai ajudar com a sua renúncia quaresmal

02 mar, 2014 • Ângela Roque

Esta Quaresma pode ajudar a construir um mosteiro, uma unidade de cuidados continuados pediátricos ou simplesmente pagar um café a quem não pode.  

Saiba quem vai ajudar com a sua renúncia quaresmal
No Patriarcado de Lisboa o que for recolhido este ano vai ser entregue à Ajuda de Berço. Os donativos serão canalizados para a construção de uma unidade de cuidados continuados pediátricos.

Na arquidiocese de Évora a renúncia vai reverter este ano para as Monjas de Belém, nomeadamente para as obras que esta Ordem Contemplativa está a construir da diocese.
Na sua mensagem D. José Alves lembra, tal como o Papa, que os cristãos devem estar atentos à miséria material, que é a mais visível, mas também à espiritual, que é a mais profunda.

Vai na mesma linha a mensagem do bispo da Guarda. Aqui a renúncia quaresmal vai ser canalizada para os mais carenciados, através do Fundo diocesano de Solidariedade. Mas uma parte irá reverter para o apoio "ao trabalho com os jovens, principalmente na pastoral vocacional".

O bispo de Vila Real pede aos cristãos que "imitem Jesus" e combatam a apatia e o desinteresse através da partilha e do amor fraterno. Os donativos da quaresma vão para as Conferências de São Vicente de Paulo.

O bispo de Beja critica, na sua mensagem, a “lógica do ter, poder e prazer” que domina a sociedade, e cava cada vez mais o fosso entre ricos e pobres. Nesta diocese a renúncia quaresmal vai servir para apoiar as vítimas da crise, através do fundo de emergência social, e a formação de seminaristas no nordeste do Brasil.

O bispo de Bragança lembra que a Quaresma convida à conversão, chama à santidade e também se caracteriza pela penitência em várias dimensões. Propõe que a renúncia quaresmal seja a favor do atendimento social e caritativo da Cáritas Diocesana. E porque a diocese está a viver o Ano da Vocação, pede que se reze pelas vocações.

Também na diocese de Portalegre e Castelo Branco a renúncia se destina á Cáritas diocesana. Na mensagem que divulgou, o bispo D. Antonino Dias apela a uma caminhada em comunidade e especialmente vivida em família.

Na que foi a sua primeira mensagem para a Quaresma o novo bispo das Forças Armadas e de Segurança pede aos militares e agentes da autoridade que se preocupem em olhar uns pelos outros, em especial pelos que "que suportam especiais situações de penúria".

A renúncia vai reverter para o "Fundo Social Solidário" da Conferência Episcopal Portuguesa.

Na Arquidiocese de Braga o que for recolhido nesta Quaresma irá para o Fundo Partilhar com Esperança, que apoia os mais carenciados, e também para a diocese de Pemba, em Moçambique, para ajudar as suas necessidades pastorais.

Mas D. Jorge Ortiga desafia ainda os cristãos da diocese a aderirem ao chamado Café Suspenso, uma ideia que nasceu em Nápoles, Itália, e que consiste em deixar um café pago para que mais tarde quem precisa, e tem menos, possa bebê-lo.

O bispo lembra, na mensagem, que este é um gesto de caridade ao alcance de todos, e que pode ajudar a combater a pobreza envergonhada, que afecta cada vez mais gente da classe média.

O bispo de Coimbra sugere que nesta Quaresma se olhe com atenção particular aos mais necessitados. A renúncia dos católicos da diocese vai apoiar este ano o projecto “Ergue-te”, das Irmãs Adoradoras Escravas do Santíssimo Sacramento e da Caridade, que apoia mulheres que abandonam a prostituição.

Em Setúbal, D. Gilberto Reis desafia as comunidades diocesanas a encararem a preparação para a Páscoa como um tempo privilegiado de mudança de vida, de luta contra o “pecado”, o “vazio interior” e o “egoísmo”. Os donativos da Quaresma são para as vítimas do tufão que em Novembro atingiu as Filipinas.

O bispo do Funchal pede aos católicos que estejam mais atentos à situação das pessoas mais desfavorecidas da região. Parte da renúncia quaresmal deste ano destina-se à compra de medicamentos para os idosos mais carenciados. Outra será enviada para ajudar a construção da igreja catedral da Diocese de Mindelo, em Cabo Verde.

Em Viana do Castelo o que for recolhido nesta Quaresma vai reverter para as Conferências Vicentinas presentes na Diocese, e também para os cristãos da Síria.

Nos Açores, o bispo de Angra pede que nesta Quaresma haja mais partilha e sobriedade. As renúncias serão canalizadas para a Cáritas diocesana, para reforçar o Fundo de Emergência Social.

Em Lamego, D. Antonio Couto pede aos católicos que nesta Quaresma façam “um exercício de verdade” renunciando “não apenas ao que mas também ao que faz falta”. Os donativos irão para o Fundo Solidário Diocesano e para as missões dos Missionários Combonianos no Sudão do Sul.

O bispo de Leiria-Fátima também lembra, na sua mensagem, a necessidade de ser solidário e ir ao encontro dos mais “frágeis, pobres e necessitados”. A renúncia quaresmal destina-se este ano à construção do Centro Missionário do Gungo, em Angola, onde estão missionários da diocese portuguesa.

[Notícia actualizada às 18h39 de 6 de Março]