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Dinamarca proíbe matança ritual de animais para alimentação

17 fev, 2014 • Filipe d’Avillez

“Os direitos dos animais têm precedência em relação à religião”, afirmou o ministro da Agricultura e da Alimentação da Dinamarca.  

A Dinamarca proibe, a partir desta segunda-feira,  o abate animais para alimentação sem antes os atordoar.

O ministro da Agricultura e da Alimentação, Dan Jørgensen, assinou um decreto que torna impossível a atribuição de isenções ao atordoamento. A norma afecta, sobretudo, as comunidades judaicas e muçulmanas, cujas leis religiosas alimentares obrigam a que os animais estejam conscientes no momento em que são mortos.

Na prática, pouco muda, uma vez que há cerca de uma década toda a carne ritualmente pura para alimentação já era importada de outros países da União Europeia, onde a prática é permitida.

As comunidades islâmica e judaica não gostaram, todavia, do simbolismo do gesto e queixaram-se ao Governo. Na resposta, o ministro foi claro: “Os direitos dos animais têm precedência em relação à religião”.

As leis europeias obrigam ao atordoamento dos animais antes de serem abatidos, mas permite isenções por motivos religiosos. Actualmente, Noruega, Islândia, Suíça, Polónia e Suécia também proíbem a matança ritual de animais.