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Obama atribui família e carreira política à sua fé cristã

06 fev, 2014

Presidente americano chamou atenção para a falta de liberdade religiosa em países como a China, Coreia do Norte e Irão no pequeno-almoço anual de oração em Washington.

Obama atribui família e carreira política à sua fé cristã
Barack Obama atribui a sua carreira política e vida familiar à fé cristã.

Esta quinta-feira Obama mostrou-se grato ao Cristianismo pelo papel que tem tido na sua vida: “Estou grato não só porque quando estava falido a igreja me alimentou, mas porque me conduziu a tudo o resto. Conduziu-me a abraçar Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador. Conduziu-me à Michelle, o amor da minha vida, e abençoou-me com duas filhas maravilhosas”.

“Conduziu-me ao serviço público. E quanto mais sirvo, sobretudo nos momentos de dificuldade e dúvida, mais agradeço a mão de Deus que me guia”, disse ainda.

O Presidente americano falava no pequeno-almoço de oração, um evento anual que tem lugar em Washington, organizado pelo Congresso, com o apoio de uma organização cristã. Tradicionalmente o pequeno-almoço é uma ocasião em que republicanos e democratas deixam as suas divergências de parte para se concentrarem em assuntos de fé e de religião.

Todos os anos há um orador diferente convidado, este ano foi Barack Obama.

O Presidente aproveitou a ocasião para chamar atenção para os países onde não existe liberdade religiosa, salientando o Irão e a Coreia do Norte, onde se encontram cidadãos americanos detidos por pregar o Cristianismo.

“Rezamos por Kenneth Bae, um missionário cristão que está preso há 15 meses na Coreia do Norte. A sua família quer o seu regresso e os Estados Unidos continuarão a fazer tudo o que está ao nosso alcance para o libertar. Rezamos também pelo pastor Saeed Abedini. Ele está preso no Irão há mais de 18 meses, condenado a oito anos de prisão por causa da sua fé.”

A situação na Birmânia, onde a população muçulmana tem sofrido perseguições às mãos da maioria budista, e na China, onde cristãos e muçulmanos se queixam de perseguição, mereceu críticas do presidente.

Contudo, Obama também tem estado no centro de acusações de desrespeito pela liberdade religiosa. Como parte da sua reforma do sistema de saúde na América, Obama quer obrigar instituições religiosas, como hospitais, universidades e lares, a fornecer seguros de saúde aos seus funcionários que incluam a cobertura de serviços contraceptivos e abortivos.

Os bispos católicos já disseram que se recusam a violar as suas consciências, mas sujeitam-se a multas de 100 dólares por dia, por funcionário. Decorrem vários processos que devem acabar por ser decididos pelo Supremo Tribunal.