Os socialistas já avisaram que afinal não vão avançar com leis para permitir a reprodução medicamente assistida por parte de homossexuais.
A manifestação que no passado domingo reuniu centenas de milhares de pessoas nas ruas de Paris e de Lyon, em protesto contra a lei da família do Governo francês, levou Hollande a recuar.
A nova lei visava, entre outras coisas, legalizar a reprodução medicamente assistida para homossexuais. Actualmente estes procedimentos só são permitidos para casais casados e com problemas de fertilidade.
Com a nova lei a inseminação artificial, no caso de lésbicas, e as barrigas de aluguer, para homens homossexuais, seriam legalizadas.
Inicialmente o Governo tentou apaziguar a oposição dizendo que as medidas não iam fazer parte da nova lei, mas dissidentes socialistas vieram a público dizer que se o Governo as abandonasse tentariam emendar a lei para as inserir novamente. Perante esse facto Hollande recuou, dizendo que a nova lei das famílias não será apresentada até ao final do ano.
As manifestações organizadas pelo movimento “Manif pour Tous”, que se formou o ano passado em oposição à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, alcançaram assim o seu objectivo, ao contrário do que se passou em 2013.
O recuo de Hollande foi criticado pelas forças da esquerda.